Balança comercial tem saldo acumulado de US$ 13,249 bilhões
03-05-2016 11:38
A balança comercial registrou em abril deste ano superávit de US$ 4,861 bilhões, melhor resultado para meses de abril desde o início da série histórica, em 1989. No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 15,374 bilhões, crescimento de 1,4%. As importações totalizaram US$ 10,513 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as importações registraram queda de 28,3%, e se mantiveram estáveis sobre março de 2016.
Nos primeiros quatro meses do ano, o saldo comercial acumulou superávit de US$ 13,249 bilhões, revertendo o déficit alcançado em igual período de 2015, de US$ 5,059 bilhões. Para o ministro Armando Monteiro, o superávit expressivo, o maior da série histórica, evidencia um aumento de volumes bem maior do que a média mundial.
“As exportações começam a dar uma resposta. O volume exportado em todos os grupos, seja de básicos, semimanufaturados e manufaturados estão crescendo. Em básicos, o volume, no quadrimestre, foi 23% superior, no de semimanufaturados, 15,7%, e em manufaturados, 12,7%. Eu considero muito significativo este desempenho, o que demonstra que, em todos os setores das exportações brasileiras verifica-se um incremento físico muito significativo”, disse.
Monteiro também destacou o aumento da base exportadora. “O Brasil ainda tem uma base exportadora muito concentrada. São apenas 20 mil empresas que exportam. E um dos objetivos do Plano Nacional de Exportações é aumentar esta base. E nós já temos no quadrimestre um acréscimo de 1.550 novas empresas que ingressaram no comércio exterior. Portanto, há claramente indicações de que a base exportadora vai também se ampliando em relação a este movimento exportador”.
O ministro projetou um superávit de cerca de US$ 50 bilhões até o final do ano. "Nós temos sido conservadores. Ficamos, durante algum tempo, mantendo a previsão de US$ 35 bilhões de superávit para 2016. Mas hoje, nós podemos, com o resultado da balança de abril, com muita segurança, afirmar que, para este ano, o saldo poderá se situar entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. Não há nenhuma dúvida disso. Teremos o maior saldo positivo da história. O recorde atual é 2006 com US$ 46 bilhões de saldo comercial".
Acesso a mercados
O ministro fez um balanço das últimas ações do MDIC no tema de acesso a mercados, um dos pilares do Plano Nacional de Exportações. “O Brasil, seguindo uma tendência mundial importante, não faz apenas acordos traduzidos em tarifas. Tem feito acordos em temas novos, como compras públicas. Na semana passada celebramos o primeiro acordo de compras públicas do Brasil que foi firmado pelo Peru. Assim, as empresas brasileiras vão poder tanto participar de licitações iguais às das empresas de países que já tinham acordo com o Peru, como os países do TPP. Ou seja, a empresa brasileira fica equiparada à empresa norte- americana ou mexicana em licitações com o Peru”, disse.
“Fizemos a renegociação do Acordo Automotivo com o México. E registramos que há um incremento de exportações para o México na área automotiva. Com a Colômbia firmamos um novo acordo automotivo. Antes, o veículo brasileiro chegava a pagar 16% de tarifa no mercado colombiano. Agora, dentro da cota, a tarifa é zero. E com o Peru, também acabamos de firmar um acordo de livre comércio na área automotiva que passa a valer para veículos leves e picapes. Portanto, o Brasil volta a ter com esses países da Bacia do Pacifico, aqui na América do Sul, um marco muito mais amplo”, afirmou.
Fonte: MDIC